Energia Eolica
A energia eólica tende a se transformar no “pré-sal” das região Sul e Nordeste. Alguns estados, como a Bahia, saíram na frente e estão consolidando um pólo de construção de equipamentos aerogeradores. Isso tem demandado profissionais de engenharia e, como em outros setores, há falta de mão de obra. Atentas, as universidades começam a se voltar para o setor eólico, lançando cursos de graduação em energias renováveis. Atenta ao mercado, a Associação Brasileira de Energia Eólica (AbeEólica) também estimula o treinamento de profissionais. Segundo a presidente-executiva Elbia Melo, os esforços são para que haja oferta de mão de obra suficiente para manter o crescimento do setor. Confira a entrevista:
Qual o potencial estimado do Brasil para produzir energia eólica?
O potencial de 2011 é 300 gigawats. Agora, este resultado é de um estudo que foi feito nos últimos anos, considerando a tecnologia atual e partindo dos dados do primeiro atlas eólico brasileiro – feito no início da década passada. Neste período, o nosso potencial estimado foi de 146 gigawats. Só que de lá para cá, com o ganho tecnológico, a melhora de tecnologia e o avanço na exploração dos ventos – naquela época a gente trabalhava com torre de 50 metros de altura e agora estamos com torres de 100 metros – o potencial eólico praticamente duplicou.
Está se consolidando na região Nordeste um pólo de construção de equipamentos aerogeradores. O Brasil tem mão de obra para atender a essa demanda da indústria eólica?
A mão de obra está crescendo junto com a necessidade da indústria. Inclusive, é uma das nossas preocupações buscar justamente instituições que treinem a mão de obra. Já firmamos parceria com o Sesi e o Senai, mas trata-se de um setor intensivo em tecnologia, e que exige mão de obra especializada. As regiões Nordeste e Sul são as que mais têm recebido investimento e as que mais demandam profissionais. Principalmente a Nordeste, por causa da implantação