Enegenharias
Assim como os diamantes, os materiais de poliestireno são eternos, e cada vez mais seu acúmulo cresce a uma taxa de no mínimo 22,5 milhões de quilos por ano. Desde seu lançamento em 1970, eles se tornaram um dos mais populares materiais para embalagem. Os materiais de poliestireno são leves, baratos e resistentes. Além disso, amoldam-se a qualquer forma, protegem muito bem, são resistentes ao transporte e não deixam resíduos de poeira nos bens que protegem. Eles também são indestrutíveis. Na verdade, esse é problema. Quase todos os materiais de poliestireno utilizados para embalagem desde 1 970 ainda estão entre nós — sendo carregados pelo vento ou ocupando espaço em aterros. Pior ainda: eles estarão entre nós por mais 500 anos! São maravilhosos, mas não exatamente saudáveis para o ambiente.
Uma pequena empresa situada em Phoenix, no Arizona — a Biofoam —, acredita que encontrou a solução para esse problema. Ela vende um material feito de grãos de sorgo (uma planta também conhecida como milho-zaburro) ‘curiosamente’ chamado de Biofoam. Para fabricar esse material de sorgo, a empresa extrai o valor nutricional dos grãos, comprime os grãos em pequenas bolinhas e as transporta para uma espécie de ‘pipoqueira gigante’. Esse processo cria um produto que parece um salgadinho de queijo tostado — o que não causa nenhuma surpresa, tendo em vista que os inventores tentavam fazer um petisco. Na verdade, como ninguém queria comer esses salgadinhos, os inventores tiveram que encontrar outros usos para eles. De acordo com Ed Alfke, diretor-presidente da Biofoam, o material para embalagem de sorgo é tão bom quanto qualquer outro e custa o mesmo preço. Além disso, ele não possui carga eletrostática, de modo que não gruda no náilon ou em outras fibras sintéticas (como em seu carpete ou em suas roupas). Melhor ainda: eles são “absoluta e assustadoramente naturais”, afirma Tom Schmiegel, um veterano do setor de