Enchentes
As enchentes vêm se tornando cada vez mais comuns na vida das populações de algumas cidades. Infelizmente, todo o ano vem acontecendo a mesma coisa: entre os meses de dezembro e fevereiro, o nível das águas aumenta, causando a inundação de casas e ruas e uma série de tragédias que, quase sempre, poderia ser evitada. A causa considerada principal para as enchentes é, sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a cimentação de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície, provocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização contribui para a elevação da velocidade desse escoamento, provocando erosões e causando outros tipos de desastres ambientais urbanos. As alterações climáticas urbanas também estão relacionadas às enchentes: a retirada da cobertura vegetal e a impermeabilização realizada pela pavimentação e as edificações contribuem para a formação das ilhas de calor, aumentando as possibilidades de formação de temporais. Além de danos materiais, as enchentes têm como principal consequência a proliferação de doenças, como a malária, a hepatite A, a febre amarela, a leptospirose, entre outras. A ocorrência das enchentes está dividida em dois tipos de causas principais: as naturais e as antrópicas:
Causas naturais:
Em geral, os rios intermitentes, ou seja, que nunca secam durante o ano, costumam ter dois tipos de leito: um menor e principal, por onde a água corre durante a maior parte do tempo, e um maior e complementar, que é inundado apenas em períodos de cheias. Essa manifestação é mais comum em áreas planas, também chamadas de planícies de inundação. Eventualmente, dependendo do curso da água e das condições meteorológicas e locais, o leito de um rio aumenta, provocando as cheias em sua área. O período em que isso ocorre varia de rio para rio e, quando não é muito