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Entre os grupos mais tradicionais do setor Raízen (Cosan e Shell), Santa Terezinha, Guarani, controlada do grupo Tereos, e São Martinho, a quebra de safra foi menos intensa. A Raízen previa moer 58 milhões de toneladas, mas encerrou a safra com 53 milhões, segundo dados divulgados no ano passado pela empresa. A queda, de 10%, é um desempenho melhor do que a média do Centro-Sul, que moeu 11% menos do que no ciclo anterior.
O grupo São Martinho ainda não divulgou seus números finais de safra, mas adiantou também em entrevista no fim do ano passado que a quebra ficará próxima de 10%. A empresa esperava uma moagem de 13 milhões de toneladas, mas deve divulgar nas próximas semanas, junto com seu balanço anual, um número próximo de 11,7 milhões de toneladas. Com capacidade para moer 15 milhões de toneladas de cana, a companhia registrou ociosidade de 22%.
As 48 usinas associadas da Copersucar tiveram quebra de safra acima da média do Centro-Sul. A expectativa das associadas era moer 100 milhões de toneladas, mas atingiram 85 milhões, queda de 15%. Como comercializa produção de associadas e de terceiros, a Copersucar conseguiu, mesmo com a quebra das associadas, elevar seu volume negociado de açúcar em 40%.
A Santa Terezinha, maior grupo sucroalcooleiro do Paraná, teve também quebra de 12%, semelhante à média do Centro-Sul. O grupo previa moer 16,5 milhões de toneladas, mas realizou 14,4 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a empresa, que também realizou investimentos no canavial, espera retomar a moagem de 16,5 milhões de toneladas.
De acordo com o diretor-técnica da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, a redução de moagem foi mais agressiva nas usinas que não expandiram área de canavial. Também foram mais afetada unidades em regiões onde a geada foi mais intensa, como São José do Rio Preto, Araçatuba e Rio Preto.
Fonte: ProCana Brasil