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(Pomares) e Les Quatrains Valaisans (Os quartetos de Vaiais). É diagnosticada leucemia, e Rilke morre em seguida no sanatório Valmont, na Suíça. Ele é enterrado no cemitério de Viège, no dia 2 de janeiro de 1927. O epitáfio de Rilke, escrito por ele próprio, dizia: "Rose, oh reiner Widerspruch, Lust,/ Niemandes Schalaf zu sein unter soviel/Lidem". (Rosa, ó pura contradição, alegria/ De ser o sono de ninguém sob tantas/ Pálpebras.) Postumamente, foram publicados os volumes de poemas
Les Roses (As rosas) e Les Penetres (As janelas).
SUMÁRIO
Apresentação / 11
Cartas a um jovem poeta / 17
APRESENTAÇÃO
Rainer Maria Rilke (1875-1926), poeta nascido em Praga, é um dos autores de língua alemã mais conhecidos no Brasil. Suas obras, que tiveram grande influência sobre mais de uma geração de poetas, vêm sendo publicadas há várias décadas e sempre despertaram muito interesse. Existem, por exemplo, traduções excelentes de textos seus feitas por alguns dos maiores nomes da poesia brasileira, como a versão de Manuel Bandeira para "Torso arcaico de Apoio", ou de Cecília Meireles para "A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke", ou as várias versões feitas por Augusto de Campos, que em 1994 publicou uma coletânea de vinte poemas de
Rilke e, em 2001, um
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novo livro no qual acrescentou mais quarenta poemas traduzidos.1 Apesar da continuidade do interesse pelo autor, a recepção de Rilke no Brasil se caracteriza por uma duplicidade, que reflete a bifurcação dos caminhos tomados por sua própria poesia. Por um lado, o poeta do inefável, das "legiões de anjos" aos quais se dirige a primeira das Elegias de Duíno; por outro lado, o poeta da precisão do olhar, que descreve a pantera ou a dançarina espanhola nos Novos poemas. No Brasil, foi o primeiro aspecto que suscitou a admiração