Empresas humanísticas: Um Estudo de Caso das Implicações do Comportamento do Gestor Narcisista Destrutivo

Empresas humanísticas: Um Estudo de Caso das Implicações do Comportamento do
Gestor Narcisista Destrutivo
Autoria: Denize Grzybovski, Losangeles Sutil Guerreiro dos Anjos, Rebel Zambrano Machado

Resumo
O presente estudo tem por objetivo discutir as implicações do comportamento do gestor narcisista destrutivo (GND) nas empresas. Seguindo os pressupostos do paradigma humanista radical, a compreensão dessa outra dimensão do comportamento do gestor de organizações provoca reflexões sobre o conceito de empresa humanística e implica na adoção de um novo olhar sobre as empresas, numa perspectiva mais crítica voltada ao ser humano e às práticas gerenciais. A orientação teórica encontra-se alinhada às preocupações dos organismos internacionais para relações de trabalho e processos produtivos mais humanos. O pressuposto teórico é de que toda empresa busca a excelência operacional, mas ainda não percebe as ações destrutivas no ambiente de trabalho promovidas por gestores narcisistas destrutivas. O estudo empírico foi realizado numa empresa comercial brasileira que sofreu processos trabalhistas de dano moral por assédio moral praticado por GND. A fonte dos dados foi os “autos” do processo trabalhista, o qual representa uma limitação do estudo. Os resultados indicam que, as empresas que pretendem institucionalizar uma imagem de “empresa humanística” terão que, inicialmente, analisar as características comportamentais dos seus gestores a fim de evitar a prática de ações narcisistas destrutivas que provocam assédio moral.
1.

Introdução

O presente artigo tem por objetivo analisar as implicações do comportamento do gestor narcisista destrutivo (GND) nas empresas, segundo as orientações gerais e tendências no mundo do trabalho apontadas pela Organização Internacional do Trabalho e o paradigma humanismo radical.i
Essa proposta tem como base o fato de, nas últimas décadas, de um lado, ter se observado cada vez mais preocupações no trato com o ser humano