Empresa vivo
Negociação empacada
Correio Braziliense - 07/06/2011
Os rodoviários decidiram em assembleia no domingo deixar apenas 70 % dos veículos rodando nos horários de pico até a próxima segunda-feira. Depois, se não houver acordo, a greve deve ser geral. Eles pedem um aumento de 16,69% nos salários, além da manutenção do tíquete-alimentação de R$ 270 e da cesta básica de R$ 112. Os empresários afirmam não ter condições de manter esses benefícios, previstos na última convenção coletiva, que expirou em 30 de abril. Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do DF (Setransp-DF) considerou ontem “antidemocrática, demagógica e completamente despropositada” a paralisação dos rodoviários.
O sindicato das empresas afirma que, mesmo com o fim do acordo coletivo, depositou em maio e junho os benefícios previstos. Para o presidente dos Sindicato dos Rodoviários, João Osório, isso não é suficiente. “Apesar de terem pago tudo, sem acordo coletivo, eles podem suspender na hora que quiserem”, diz ele. O sindicato das empresas afirma não ter caixa para mais um reajuste, pois as passagens não tiveram aumento nos últimos cinco anos, período em que o salário dos rodoviários subiu 46%.
João Osório reconhece que a ação prejudica a vida dos cidadãos, mas afirma que foi a saída encontrada para não parar por completo as atividades de motoristas e cobradores. “Não estamos de paralisação, e sim cumprindo um acordo judicial. Esse é um esforço nosso para não ter greve geral. É mais uma semana de prazo para negociação. A população, em que pese o desconforto, ainda tem como resolver sua vida”, afirma ele.
As atenções estão voltadas aos empresários, que ainda não deram resposta à proposta do governo enviada na última sexta-feira. O GDF descartou qualquer possibilidade de aumento de tarifa, diante da falta de dados confiáveis para avaliar se a medida é necessária e atestando que o serviço não é bom. O Executivo se comprometeu a