EMPREENDEDORISMO
1330 palavras
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EMPREENDEDORISMO: DO HERÓI SCHUMPTERIANO AO EXECUTIVO DE SUCESSOWilson Trevisan1
Maria Cristina Sanches Amorim2
Flávio Morgado 3
1. INTRODUÇÂO
Segundo Costa (2010) a literatura voltada no Brasil para os estudos de gestão, sob forte influência de Schumpeter e das várias teorias sobre liderança, também atribui ao empreendedor o papel de protagonista nos negócios. O termo empreendedor é usado em diferentes contextos, da geração de novos negócios ou empresas, aos requisitos desejáveis para a contratação de funcionários nas organizações.
Desde as primeiras contribuições de Popper (1972), sabemos que o contexto altera significativamente a capacidade explicativa e preditiva de uma ciência, o que é particularmente válido para as ciências sociais. Assim, para organizar o entendimento sobre empreendedorismo recorremos ao histórico do termo, condição para acompanhar os diferentes significados e acima de tudo, para melhorar as decisões relativas ao empreendedorismo.
Com base no termo de intraempreededor e empreendedor no entendimento de alguns, no empreendedorismo acorre falta de elementos imprescindíveis, por exemplo, de como lidar com alto grau de risco e incertezas e necessidade de autonomia e liberdade. Wright Mills critica ao uso do termo empreendedor para qualificar o funcionário, que vê o perfil típico de um empregado de uma organização comum como burocrata.
2. O EMPREENDEDOR
Para Cantillon, o empreendedor é um agente que assume o risco de comprar fatores da produção por preços determinados, a fim de combiná-los em um produto que venderá por preços incertos. O interesse de Cantillon pelos empreendedores não era um fenômeno isolado, mas associado ao ideário dos pensadores liberais da época que exigiam, entre outros, liberdade plena para que cada um pudesse tirar o melhor proveito dos frutos de seu trabalho. Em Cantillon, se o empreendedor lucrava além do esperado, foi por que ele havia inovado: fez algo de novo, o que explicava e legitimava o lucro (CANTILLON,