Empreendedorismo
Fórmula de sucesso ou ideia falhada?
O Projeto Cidades Com Abrigo tem como principal objetivo, nas palavras das finalistas Sandra Oliveira e Catarina Filipe, "reinventar a arquitectura" e construir algo novo numa cidade mais solidária.
Este projeto diz respeito à construção de abrigos, para os sem-abrigo, feitos de cortiça (sustentáveis), portáteis, extensíveis (sistema de caixa de fósferos), modelares e auto-suficientes (com depósito de água e painéis solares). Quando fechados, os abrigos mais pequenos (S e M) podem ser transportados como uma "roulotte" facilitando o seu transporte pela cidade. Têm uma lotação máxima de 2 pessoas, com tamanho suficiente para dormir, para trabalhar ou cozinhar. Os maiores foram pensados para serem espaços comuns, com áreas para refeições, higiene, cuidados básicos de saúde, formação e inserção na sociedade.
A partir da descrição do Projeto Cidades COM Abrigo, poemos definir o conceito de Inovação Social como a criação de novas ideias que têm como finalidade suprimir as necessidades ainda não satisfeitas, de modo a melhorar a vida das pessoas. Segundo esta visão, as experiências inovadoras surgem à margem da sociedade e, deste modo, apontam tendências para o futuro. Podemos referir que "o mundo, embora mudando, não muda uma pessoa de cada vez", na medida em que é necessário que o desenvolvimento ocorra por via das redes de relações que se estabelecem entre pessoas que partilham uma causa comum.
Como pontos fortes deste projeto podemos apontar a própria construção dos abrigos, o que permite o acolhimento dos marginalizados; o fato de serem sustentáveis (devido à utilização da cortiça), de serem auto-suficientes ( com depósito de água e painéis solares) e a utilização de terrenos baldios, para a instalação dos abrigos maiores. Importa referir que são autofinanciados, uma vez que foram pensados de modo a fazerem publicidade (daqui resulta a sustentabilidade financeira) e que podem funcionar como