EMPOWERMENT NO SETOR BANCÁRIO: EMANCIPAÇÃO DO TRABALHO OU CONTRADIÇÃO DO DISCURSO?
ARTIGOS COMPLETOS/COMPLETS ARTICLES
EMPOWERMENT NO SETOR BANCÁRIO: EMANCIPAÇÃO DO TRABALHO OU
CONTRADIÇÃO DO DISCURSO?
Erika Batista(1)
UNESP – Universidade Estadual Paulista, Marília-SP.
RESUMO
A partir dos anos 90 houve uma ressemantização do chamado toyotismo, quando as tendências organizacionais apontaram o caminho do empowerment e o discurso da criatividade espalhou-se em entre ás organizações “modernas”. Sob a hegemonia do capital financeiro e em detrimento do capital produtivo, a função dos bancos foi desfigurada e o trabalho bancário sofreu transformações de ordem organizacional. O breve artigo é parte de um estudo que investiga como tal problemática se manifesta no Banco do Brasil SA em São Bernardo do Campo/SP. Tais tendências tornam-se expressivas para o entendimento do contexto brasileiro no bojo da globalização se considerarmos o porte e a natureza de uma instituição bancária como o Banco do Brasil, com a especificidade de operar em regime de economia mista, estabelecendo relações singulares com o governo e participando nas decisões e rumos políticos do país. A tradição de lutas trabalhistas da região do ABC Paulista motivou a escolha da localidade onde realiza-se a pesquisa empírica. A investigação é bibliográfica e documental, contando com bibliografia clássica do tema nas áreas de sociologia do trabalho, economia, administração de empresas e psicologia organizacional, bibliografia específica do objeto, como material institucional do Banco do Brasil, além da pesquisa empírica na forma de entrevistas qualitativas. A suposição inicial é a de que o discurso do empowerment é emancipador se comparado ao discurso taylorista-fordista, mas se comparado às práticas de trabalho ainda aliena os trabalhadores, na medida em que captura não só a dimensão objetiva como também a dimensão subjetiva do trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: empowerment; trabalho; bancários; Banco do Brasil.
EMPOWERMENT IN BANKS: WORK EMANCIPATION OR SPEECH