Empatia
Nos relacionamentos terapêuticos mais satisfatórios, o terapeuta em como função assumir, da melhor maneira possível, uma estrutura de referência interna do cliente, para que possa perceber o mundo como o cliente o vê, deixando de lado todos os a prioris, enquanto estiver naquela função, comunicando algo de sua compreensão empática ao cliente (p. 38). Podemos ver claramente o que Rogers (1979) afirmou ao dizer que era possível falar de uma compreensão empática quando se passa a pensar além da compreenção exterior sobre os pensamentos e sentimentos da outra pessoa, chegando a compreendê-la por dentro, com isso ocorre a sensibilização do terapeuta pelo relato do cliente, a apreensão e a compreensão de seus estados internos, sem fazer nenhum julgamento de valor sobre a subjetividade do outro. Pensamentos assim é que levaram a Rogers a ter descobertas que formaram a base para o desenvolvimento da modalidade psicoterapêutica criada por ele: a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Nesta, o terapeuta busca estabelecer um clima terapêutico adequado, desenvolvendo sentimentos empáticos pelo cliente, propiciando-lhe um ambiente de aceitação incondicional e sendo extremamente único na comunicação de seus comportamentos, pensamentos e sentimentos. Podemos ver isso quando Rogers (1957) exemplifica como deve ser o clima entre cliente e terapeuta: as condições necessárias e suficientes para a mudança terapêutica da personalidade: que duas pessoas estejam em contato psicológico; que a primeira (cliente) esteja num estado de incongruência, estando vulnerável ou ansiosa; que a