Emocore
Foram-se os dias das patricinhas, dos góticos e neo-hippies. A nova tribo que está tomando conta das ruas das grandes cidades brasileiras são os emos. O gênero emocore nasceu em Washington, na década de 80. O nome vem de “emotional hardcore” que significa (tom agressivo), vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas. Hoje, as principais bandas são Good Charlotte, The Used e My Chemical Romance. No Brasil, bandas como NXZero, Fresno e Hevo 84 seriam alguns exemplos desse gênero, o qual aqui teria chegado após o ano 2000.
É facílimo identificar um emo, mesmo que você nunca tenha ouvido falar neles. Olhos pintados com lápis preto, cobertos com franjas, adereços como cintos de grandes fivelas e tênis coloridos, além de piercings no rosto e roupas de cor predominantemente escura (embora existam os que prefiram outras cores) são alguns dos elementos utilizados pelos emos. O visual é a própria contradição da adolescência. Ao mesmo tempo que demonstram rebeldia, que aparece no preto, têm também uma vontade de se manter na infância.
Consideram-se pessoas altamente emotivas e sensíveis, choram ouvindo músicas que falam de amores perdidos e rejeição dos pais. Ao sentirem emoções fortes certos emos cortam os pulsos na tentativa de suicídio, mas também há os que cortam apenas por estarem emocionados. Constantemente dão demonstrações explícitas de carinho. Meninos e meninas se beijam, se abraçam em público, seja com pessoas do sexo oposto, seja com as do mesmo sexo.
Mas o que distingue os emos não é só a música, e sim as atitudes. Trata-se de grupos compostos por adolescentes, nas roupas, são capazes de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty, chaveiros e mochilas dos bichos de pelúcia, etc.
Preconceitos
Não é incomum que os emos sejam insultados ou até agredidos por outros jovens. Na Galeria do Rock, em São Paulo, onde se reúnem às sextas-feiras, são frequentes