Emissora Paiquerê AM de Londrina - Paraná
A emissora Paiquerê AM de Londrina – Paraná
Gisela Ortriwano divide os sistemas de exploração da radiodifusão em dois: o monopólio ou autoritário, onde o Estado explora diretamente a radiodifusão, com a criação de uma empresa pública para esse fim; e o pluralista ou misto, onde as emissoras estatais e comerciais convivem. Em ambos é o Estado quem detém o direito de transmissão, mas no caso das emissoras comerciais, esse direito é passado a terceiros por meio das concessões, que são válidas por 10 anos.
A Paiquerê é uma emissora comercial. As emissoras comerciais visam o lucro e têm dois clientes diferentes. Os ouvintes, que ao sintonizar a freqüência da rádio, optam pela sua programação, e os anunciantes, que pagam pelo espaço publicitário dentro dessa programação. Supõe-se que os ouvintes comprarão os produtos que são anunciados, garantindo ao anunciante o retorno do seu investimento na emissora.
A primeira concessão da Paiquerê foi emitida em nome de Pedro de Alcântara Worms e Samuel Silveira, proprietários Rede Paranaense de Rádio, com emissoras em Curitiba e Ponta Grossa. É a terceira emissora fundada em Londrina e completou 50 anos em 2007. A popularidade e a força de penetração da Paiquerê já eram evidentes logo depois da sua criação.
Em sua história, a propriedade da emissora sempre passou de um grupo político para o outro. A Paiquerê funcionava como palanque. Na década de 60, passou pelas mãos de um grupo político dirigido por Orlando Marynk Goes, que adquiriu a rádio com o objetivo de eleger Dalton Paranaguá para a prefeitura de Londrina. Na de 70, foi a vez de um grupo encabeçado por Álvaro Dias comandar a rádio.
Com o principal interesse dos proprietários no campo político, a Paiquerê foi acumulando irregularidades nessas décadas. Chegou bem perto de ter sua concessão cassada. Sem resultados tão satisfatórios ou pelo menos comprovados, o grupo de Álvaro Dias desistiu da emissora, passando-a para a empresa Elo Publicidade em