Emile Durkhein
Durkheim entende a educação como uma poderosa ferramenta para a construção gradativa de uma moral coletiva, fundamental para a continuidade da sociedade capitalista. Esse é um pressuposto fundamental para o entendimento de suas preocupações expressa em um grande debate com as ideias liberais presentes na Europa no início do século XX. A crítica ao liberalismo se apresenta com a demonstração da impossibilidade de concretização de uma sociedade mais avançada sob a lógica do individualismo. O individualismo entende Durkheim, é o maior inimigo para a constituição e manutenção de uma sociedade das máquinas herdeira da primeira revolução tecnológica. A constituição de uma moral coletiva expressa na divisão social do trabalho manifesta pela solidariedade orgânica é entendida como grande desafio para o avanço de uma sociedade.
Esse debate não se deu ao acaso. Durkheim viveu em um período histórico conturbado, o “olho do furacão”, marcado por crises econômicas, crescente urbanização da sociedade e a construção gradativa da Primeira Grande Guerra Mundial, desdobramento dos conflitos econômicos das grandes potências mundiais em busca de novos mercados para a troca de mercadorias e acesso a matérias primas. Esse processo social foi acompanhado pelos desdobramentos da grande crise econômica de 1870, uma crise de superprodução de mercadorias acompanhada do crescimento da miséria, violência e falências de várias empresas.
Na visão de Émile Durkhein: Qual seria o papel da sociologia?
Como tinha uma visão positiva da sociedade industrial, buscou os entendimentos dos problemas sociais para corrigi-los. Sua preocupação era com o bom funcionamento da sociedade, como ordem e controle social. Para ele a sociologia tinha como finalidade não só explicar a sociedade mais como encontrar remédio para vida social.
Para Durkhein os fatos sociais apresentavam três características:
- A coerção social, sendo a