Emile durkein
ÉMILE DURKHEIM
Vamos conhecer um pouco de Durkheim tentando captar, em princípio, as principais idéias de duas de suas obras: Da divisão social do trabalho e As regras do método sociológico.
1- Da divisão social do trabalho.
Durkheim se opõe à idéia, que acredita ser suficiente a busca do interesse individual para que a felicidade aconteça, e que a solidariedade social não seria mais do que o acordo dos interesses individuais, atribuindo maior importância aos elementos não contratuais da sociedade.
Para Durkheim, a força do contrato social não nasce de um pacto, mas de uma regulação que é obra de toda a sociedade. Nas palavras de Sanches (2001), “o contrato facilita a satisfação das necessidades, porém não é capaz de obter que os cidadãos cooperem de modo harmônico. ‘A vida social decorre de duas fontes: a semelhança das consciências e a divisão do trabalho social’”.
Para Durkheim há duas maneiras de consciência: uma comum a todo o grupo, não representando os indivíduos enquanto tal, mas a sociedade que “vive” e opera em nós, e outra que nos representa no que temos de pessoal, que nos caracteriza como indivíduos.
Como consciência coletiva, Durkheim entende um “conjunto de convicções e sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade, que forma um sistema determinado que tem vida própria”, sendo, portanto, completamente distinta das consciências particulares e determinante no que se refere à solidariedade.
Durkheim admira as sociedades primitivas portadoras de uma grande solidariedade, apesar do pequeno desenvolvimento da divisão do trabalho, fruto de uma maior consciência coletiva. Nelas, a solidariedade era de natureza mecânica, e contrariamente a Spencer que defende que “nas sociedades primitivas o indivíduo está condicionado pelo grupo ou por seu chefe despótico, estabelece duas proposições: a primeira, afirma que sempre que nos encontramos em presença de um aparelho governamental dotado de grande autoridade, não