Emancipação Religiosa e Juventude pobre e a criminalização.
No texto A Questão Judaica de Karl Max, Marx se coloca contra as ideias de Bruno Bauer que dizia que de acordo com Bauer o homem deve renunciar o “privilégio da fé” para acolher os direitos humanos universais. É retirada a liberdade dos homens e é dado o que posto em lei, homens se tornem individualizados e é assim que eles conseguem seus “direitos”, só através de justiça.
Para Bauer a questão judaica se refera as relações entre a religião e o Estado, a emancipação religiosa e condição para os judeus que quer se emancipar politicamente, como para o Estado que quer o emancipar e se emancipar. Frente a esse debate irei trabalhar sobre a proposta de retirada de crucifixos e símbolos religiosos nos espaços públicos que foi levada a ajuizamento em 2009, com a justificativa que o Estado é laico, que não tem ligação com religião nenhuma, garantido assim ao individuo a liberdade religiosa.
Essa é uma questão muito polêmica, pois de um lado é justo, pois em um país com uma diversidade religiosa, a religião é algo pessoal e o Estado não pode impor a determinadas denominações religiosas símbolos de outras religiões. Se os protestantes não têm nenhum símbolo que os identifiquem nas repartições públicas, porque a religião católica pode ter?
Por outro lado algumas pessoas discordam dessa decisão, pois acham que o fato de que os responsáveis pelo projeto sejam todos protestantes e não ter nenhum laico de fato, é uma ofensiva contra a Igreja católica, que esse projeto não deve ser tratado como uma questão religiosa, mas, cultural.
Elas alegam que a existência de símbolos religiosos não pode ser vista como um desrespeito as outras religiões, mas apenas como uma expressão cultural de um país de formação católica, que também deve ser protegida e respeitada. Em minha opinião a decisão do Ministério Público de São Paulo em querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas é correta e valida, pois nosso Estado é laico e não deve