Em guerra com o travesseiro
"A escuridão é insondável à noite, misteriosa, e minha vida revela-se patética quando, por falta de algo melhor para fazer, utilizo esse tempo para repassar, uma e outra vez, o filme da minha existência. Talvez a solução seja contar carneirinhos, mas vislumbro um infinito rebanho para contabilizar sem que isso modifique minimamente minha situação".
Só percebe o valor do sono quem já sofreu um de seus piores males: a falta dele. Dormir bem e dormir o suficiente são essenciais, não só para ter um dia disposto, mas sobretudo para melhorar a qualidade de vida.
A insônia pode ser definida como o excesso de vigília, a incapacidade de começar a dormir ou de manter o sono. A insônia não é considerada doença, mas conseqüência de algum problema ou enfermidade mais grave. Há dois tipos comuns de insônia: as situacionais, que atingem pessoas que passam por dificuldades ocasionais, como seqüestro ou assalto; ou a insônia causada por doenças psicofisiológicas mais graves, como depressão ou ansiedade. A insônia também pode atormentar profissionais com atividades em turnos alternados e pilotos de avião que trabalham em vôos internacionais, pois não se consegue criar uma rotina para o sono.
Por ora, é importante salientar que o fato de uma pessoa dormir muito tempo - 14 ou 16 horas por dia - não quer dizer que ela tenha um sono de qualidade. Apesar de um indivíduo ter comportamento diferente de outro, há um certo padrão fisiológico de sono. Recém-nascidos dormem cerca de vinte horas por dia. Jovens e adultos se satisfazem com a média de oito horas diárias de sono. Já os idosos necessitam apenas de cinco ou seis horas para descansar.
As insônias mais específicas podem ser de início, meio ou final de noite. São provocadas normalmente por depressão, ansiedade, abuso de álcool e drogas ou maus hábitos alimentares e de dormir. Assim como outros distúrbios do sono, costumam causar cansaço, sonolência diurna e irritação, dentre