Em defesa de um matemático

1976 palavras 8 páginas
HARDY, G. H. Em defesa de um matemático. Tradução Luis Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

FICHAMENTO

Introdução

Na introdução por C. P. Snow, são abordados diversos aspectos da vida pessoal e intelectual de Hardy. Dentre eles: sua personalidade precoce de menino prodígio; e ainda que, a pobreza relativa dos pais, sua condição de profissionais liberais imputaram a facilidade de acesso aos sistemas e mecanismos educacionais (como bolsas de estudos) que lhe possibilitaram, sem diminuir os percalços financeiros em sua vida acadêmica, tornar-se, com efeito, um dos homens mais brilhantes em sua arte: um matemático de verdade, o mais puro dos puros. Um ser de personalidade sensível, que na infância sofria de timidez aguda, e que ao preço de sua genialidade, tentava errar de propósito para ser poupado da condição de “destaque” de melhor aluno a que isso equivalia, tão circunspeto, e que não deixou de se tornar heterodoxo, excêntrico, radical, Hardy satisfez-se como sujeito entregando-se àquilo que o justificava: a matemática. Entre as suas excentricidades, destaca-se à paixão pelo críquete e pelo tênis. Um homem de pouca vaidade, toda a sua produção intelectual fê-la em colaboração com outros dois intelectuais: Littlewood, a quem considerava melhor matemático que ele; e Ramanujan, indiano, autodidata, o qual tornou-se uma espécie de protegido seu. Ainda que se comportasse como um aristocrata, em sua acepção romântica, dava-se bem com os pobres, os tímidos, os abandonados pela sorte, preferindo a estes que àquelas pessoas que tinham “traseiro grande”, ou seja, os egocêntricos, frívolos, burgueses. Adentrados os quarenta anos, conheceu a melhor fase de seu poder criativo. Época em que lhe premiu a sensação de eterna juventude; encontrando um matiz de felicidade não só no trabalho como nos jogos, quanto nas conversas e brincadeiras com os amigos mais íntimos. Tempo que se ruiu com uma trombose coronária, a qual lhe impossibilitou os

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