Eletromagnetismo cap5
CAPÍTULO 5 O CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO
Neste momento, o conceito de campo deve ser algo familiar. Desde que aceitamos a lei experimental de forças existentes entre duas cargas pontuais e definimos a intensidade de campo elétrico como a força por unidade de carga sobre uma carga teste na presença de uma segunda carga, discutimos numerosos campos. Esses campos não possuem base física real, pois suas medidas físicas sempre devem ser feitas em termos de forças sobre cargas no equipamento de detecção. O fato de atribuirmos um campo a cargas-fonte e depois determinarmos o efeito deste campo sobre as cargas do detector resulta meramente em dividir por conveniência o problema básico em duas partes. Vamos começar nosso estudo de campo magnético com a definição do campo magnético em si e mostrar como ele surge a partir de uma distribuição de corrente.
5.1. DEFINIÇÃO DE CAMPO MAGNÉTICO
O estudo do Magnetismo originou-se da observação de que certas “pedras” (a magnetita) podiam atrair pedaços de ferro. O nome magnetismo é devido a uma região chamada Magnésia, na Turquia, local em que essas pedras foram encontradas. Quando suspensas por seus centros de massa, tais pedras orientavam-se sempre no sentido norte-sul. Eram construídas de óxido de ferro e denominadas magnéticas. Atualmente,
recebem o nome genérico de ímã natural. A figura ao lado mostra um imã permanente, descendente direto desses imãs naturais (as linhas de indução magnética, originadas na face do pólo norte terminam na face
2 correspondente do pólo sul). Outro imã natural é a própria Terra, cuja ação sobre a agulha imantada das bússolas é conhecida desde os tempos antigos. Só mais tarde descobriu-se a possibilidade de fabricar ímãs artificiais. Analogamente ao campo elétrico, denomina-se campo magnético a região ao redor de um ímã na qual ocorre um efeito magnético. A sua representação é feita por linhas de campo ou linhas de indução, que são linhas imaginárias fechadas que saem do pólo norte