Eletrocardiograma

O eletrocardiograma é simplesmente um gráfico de um voltímetro que faz a representação da voltagem em função do tempo.

O eletrocardiograma (ECG) é a ferramenta clínica mais comum utilizada para diagnosticar disfunções elétricas do coração. Em sua aplicação mais comum, duas ou mais derivações metálicas são aplicadas na superfície cutânea, e a voltagem obtida pelas derivações é representada numa tela de vídeo ou desenhada numa tira de papel. O mecanismo pelo qual o coração produz voltagens detectáveis na superfície corporal é extraordinariamente complexo. Entretanto, podem-se usar princípios físicos elementares para se desenvolver um modelo intuitivo do modo como o ECG trabalha; esse modelo intuitivo é adequado para a maioria das aplicações clinicas.
O entendimento intuitivo do ECG começa com o conceito de um dipolo elétrico num meio condutor (Fig.1). Dipolo é um par de cargas elétricas (uma carga positiva e uma negativa) separadas por uma distancia, sendo uma pilha comum de lanterna bom exemplo de dipolo. A pilha tem um terminal positivo (onde há excesso de carga positiva) e um terminal negativo (onde há excesso de carga negativa), e os dois terminais estão separados por determinada distancia. Caso tal dipolo seja colocado em um meio condutor (por exemplo, um frasco cheio de solução de cloreto de sódio), correntes iônicas fluirão através da solução. Íons positivos na solução fluem para o terminal negativo do dipolo e vice-versa. O fluxo de íons gera diferentes voltagens na solução de salina. Essa diferença de voltagem pode ser detectada colocando-se os eletrodos do voltímetro no perímetro da solução salina. Na Fig. 1, um eletrodo colocado no ponto A poderia medir uma voltagem mais positiva que um eletrodo posicionado no ponto B. Há uma voltagem positiva no ponto A em relação ao ponto B; de modo equivalente, há uma diferença de voltagem positiva entre os pontos a e B. os pontos C e D estão igualmente próximos aos terminais positivos e negativo do dipolo, de