elementos da narrativa
Personagens principais são aquelas cujo desenrolar da trama seria comprometido caso houvesse a ausência de alguma delas: Coronel Chabert; Derville e Rosine.
Personagens secundárias participam da trama, todavia, não de maneira indispensável. Sua ausênsia não traria dano á trama: Simonnin; Desroches; Boucard; Godeschal; Vergniaud; Delbecq; Huré e Boutin.
Quanto ao foco narrativo: narrador é onisciente é aquele que narra fatos além dos externos, ou seja, ele é ciente de tudo quanto ocorre na trama, inclusive de um pensamento ou sentimento de alguma personagem não externalizado por ele de maneira direta, ou indireta: “Chabert pareceu aborrecido por ser obrigado a recebê-lo no quarto que ocupava.”
Quanto ao discurso: há predominância do discurso direto marcado por travessão para indicar a fala de alguma personagem:
- Ah! - exclamou - Quem quer apostar, valendo um espetáculo, que o coronel Chabert é general e condecorado?
- O patrão é um grande feiticeiro! - disse Godeschal.
- Então, desta vez não lhe pregaremos uma peça? - per - guntou Desroches.
-A mulher dele se encarregará disso! - falou Boucard.
- A condessa Ferraud seria, então, obrigada a ter dois maridos - observou Godeschal.
-Aí vem ela! - disse Simonnin. Neste momento, o coronel entrou e perguntou por Der ville.
- Ele está, senhor conde - respondeu Simonnin.
O tempo é predominantemente cronológico: Existe a menção, de maneira explícita, ao tempo em que ocorre a trama. “Junho de 1814 - respondeu o escrivão-chefe sem deixar seu trabalho.” Se levado em conta a época em que se deu a guerra em Eylau, 1807 e o momento em que Godeschal em companhia de Derville, em Ris no “Asilo da Velhice” encontram o coronel Chabert, pode-se dizer que a trama ocorre entre 1807 e 1840.
O espaço onde ocorre a trama é a França do século XIX.