eleitor
O meu principal objetivo com esse trabalho é investigar como as novas estratégias, defendidas pelos educadores e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de uso da concepção de tempo histórico nos currículos da disciplina de História e na aplicação dos conteúdos em sala de aula são postas em prática no colégio por mim observado e usado como exemplo nesse trabalho, tomando como base de análise o ensino médio. Visto que, a questão de como trabalhar com conceitos relacionados à memória, ao passado e ao presente, geralmente apresentados na linha cronológica tradicional da disciplina de História, é discussão atual entre os educadores do ramo e preocupação referida nos PCNs do ensino médio em História. No contexto atual da humanidade, onde frases como “vivemos em tempo de mudanças e incertezas” e “no meu tempo não era assim” podem se fazer válidas, onde a avalanche de “ismos” – multiculturalismo, relativismo, fundamentalismo, neoliberalismo e neoconservadorismo, por exemplo - nos circundam com suas mais variadas explicações para fenômenos e eventos ainda mais incertos, e que os estudiosos chamam de A Grande Revolução das Informações; temos o conhecimento como principal produto a ser comercializado e a mídia acaba por ser encarregada de tal divulgação, assim como as escolas são encarregadas de doar seu espaço para que este conhecimento seja trabalhado. Mas, que conhecimento é esse? Como ele é recepcionado pelos profissionais do ensino e, ainda, como ele é repassado? Não é o meu objetivo neste trabalho responder essas duas questões, mas sim discutir o momento em que esse conhecimento é disposto na linha historiográfica e de que maneira isso é trabalhado em sala de aula, ou seja, se o conhecimento vem fragmentado e como são analisadas as relações de simultaneidade ou ruptura do evento histórico. Nos PCNs, já mencionados, quando são discutidas as competências especificas da História; – voltarei a trabalhar os PCNs mais à frente – a questão de