Elaboração de manual de parasitologia
LINHARES, Joyce Coelho¹, AGUIAR, José Cláudio Dias²
1- Monitora da Disciplina de Parasitologia Clínica e Acadêmica de Farmácia das Faculdades INTA, Sobral-CE. 2- Professor de Parasitologia Clínica das Faculdades INTA, Sobral-CE INTRODUÇÃO
A Parasitologia Clínica na prática consiste no aprendizado de técnicas mais utilizadas no diagnóstico das principais parasitoses intestinais e sanguíneas, preparando o aluno para atuar em saúde pública, educação e pesquisa. Sabe-se que as chamadas doenças parasitárias ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade em grande parte do mundo. Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias. Nos últimos anos, a investigação e o tratamento dessas doenças receberam interesse renovado. A globalização permite um rápido trânsito de pessoas pelo mundo, como viajantes e migrantes de áreas endêmicas. Além disso, o fato de terem sido achados patógenos emergentes e reemergentes em pacientes imunocomprometidos por diferentes motivos, especialmente em pacientes com AIDS, fez com que parasitos anteriormente sem importância clínica em humanos, como: os coccídeos intestinais Isospora belli, Cryptosporidium parvum e Sarcocystis hominis, fossem observados.
Para um diagnóstico parasitológico preciso, é importante levar em consideração fatores que condicionam as parasitoses como o mecanismo de transmissão, a biologia, o clima e as condições sanitárias, além da patogenia. O exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, mas o laboratório é essencial nessa definição, estabelecendo a espécie de parasito presente no paciente. É no aparelho digestivo que a grande maioria dos parasitos do homem encontra seu hábitat adequado. Cada parasitose, no entanto tem a sua peculiaridade, dependendo da biologia do helminto ou protozoário