Egito
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C. (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano). Naqada II e durante Naqada III surgem às primeiras evidências de líderes regionais e, posteriormente, dos primeiros faraós.
Durante os 1 000 anos de existência da Cultura de Naqada os centros regionais variaram em tamanho e poder: em Naqada I o maior centro era Naqada; em Naqada II (3 500-3 200 a.C.) era Hieracômpolis; em Naqada III (3 200-3 000 a.C.) era Abidos/Tinis. Esses centros tiveram cemitérios relacionados onde as elites eram sepultadas com rico espólio tumular.
Durante o período naqadano algumas transformações socioeconômicas importantes são evidentes: intensa importação (obsidiana, cobre, vasos, lápis-lazúli, marfim, ébano, incenso, pele de gatos selvagens, óleos, pedras e conchas) e exportação (alabastro, contas de ouro, faiança, lâminas, amuletos de "cabeças bovídeas") de produtos; surgimento de costumes religiosos (uso de estelas e sarcófagos) assim como alguns deuses do panteão egípcio (Hórus, Bat, Seth, Nekhbet e Min); criação da escrita hieroglífica (possivelmente baseada na escrita mesopotâmica ); arte e iconografia, ambas representadas em paletas cosméticas.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3 150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer), e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes. Sua história desenvolveu-se ao longo de três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários.
O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo(ca. 1 550–1 070 a.C.), uma era cosmopolita durante a qual, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, o Egito dominou, uma área que se estendia desde a Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo, até ao rio Eufrates,