Egenharia
Enquanto peregrinos aqui na terra, temos que conviver com a interdependência de duas distintas esferas: a humana e a divina, a natural e a sobrenatural, a comum e a extraordinária. Chamamos isso de equilíbrio, ou seja, o oposto ao radicalismo, extremismo, ou mesmo, ao próprio desequilíbrio. Agora, é óbvio que quando se trata de alguns assuntos, o radicalismo passa a ser mais que uma necessidade, passa a ser uma regra. Isso mesmo, não apenas uma exceção, mas uma regra. Eu diria uma inquebrável regra.
Por exemplo, quando o assunto é o pecado, não há como ser equilibrado em relação à abordagem com que se trata esse mal que habita em nossa natureza caída. Precisamos estar conscientes dessa maligna disposição insistente e persistente da nossa carne, e preventivamente com todo o radicalismo necessário, agir. A minha disposição ao pecado, como também a prática dele, deve ser tratada com radicalismo. Note bem, a minhadisposição, o meu pecado, deve ser tratado com radicalismo! O próprio Jesus foi enfático ao me ensinar isso:
“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.” (Mateus 5. 27-30)
Aqui, no conhecido Sermão do Monte, Jesus está elevando o padrão do entendimento a respeito do pecado chamado adultério: não mais “apenas” o ato sexual consumado, mas agora, “somente” a simples intenção impura do coração. O radicalismo com que Jesus apresenta a forma como esse pecado deve ser tratado é indiscutível.
Mateus faz questão de mencionar outro contexto em que Jesus propôs esse mesmo radicalismo no