Efeitos Eletromagnéticos no Corpo humano
Ronaldo de Andrade Martins,
Mestre do Departamento de Engenharia Elétrica UFRN
E-mail - ronaldo@ufrnet.br
Em quase vinte anos de existência efetiva, muitas polêmicas surgiram sobre os efeitos e danos dos equipamentos celulares e suas estações transmissoras no corpo humano. Inicialmente é bom que saibamos que existem dois tipos de emissões: a ionizante e a não ionizante. A ionizante é aquela que produz ou é formada por íons, ou seja matéria. Como exemplo citamos os Raios-X, as emissões provocadas por elementos radioativos (Radio, Urânio, Plutônio, etc). Estas radiações são extremamente danosas e devem ser evitadas como contato contínuo. Por este motivo é que pessoas que lidam com Raios-X e materiais radioativos diversos e em todas as suas formas devem se precaver.
O outro tipo de emissão - que não é ionizante - é a emissão de radiofreqüência (RF) que se encontra ao nosso redor no dia-a-dia. Desde a rede elétrica de 60 Hz, passando pelas emissoras de Televisão e pelos aparelhos celulares e suas estações rádiobase e pelas micro-ondas.
O efeito mais conhecido e comprovado cientificamente da conseqüência da emissão destas ondas no corpo humano é o aquecimento. Emissões de radiofreqüência, quando transmitidas, interagem com as moléculas de água existentes fazendo-as vibrar e em conseqüência desta vibração e atrito surge o aquecimento. Por este motivo os olhos, o fígado e outros órgãos com grande concentração de líquidos devem ser menos exposto à RF. Um forno de micro-ondas produz este efeito e tem sua freqüência em torno de 2.400 MHz, enquanto os aparelhos celulares tem sua freqüências (dependendo da Banda) em torno de 900 MHz, ou 1.800 MHz. . O forno de micro-ondas aquece porque temos nele uma potência de 1500 Watts concentrada num volume de 30 litros com paredes metálicas refletoras. Hoje os aparelhos telefônicos digitais tem potência em torno de