Compatibilidade Eletromagnética (Paul Clayton .R.)
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4- Compatibilidade Eletromagnética (Paul Clayton .R.) Desde os primeiros dias do rádio e do telégrafo sabe-se que as faíscas geram ondas eletromagnéticas com um grande espectro de frequências e que estas ondas causam interferência ou ruído em vários dispositivos elétricos ou eletrônicos como, por exemplo, em receptores de rádio. Numerosas outras fontes de emissões eletromagnéticas como motores elétricos CC, luzes fluorescentes, relâmpagos, relés e linhas de transmissão de alta tensão também geram ondas eletromagnéticas. Assim vem a necessidade do estudo da compatibilidade eletromagnética. A proliferação dos sistemas digitais potencializou a probabilidade da ocorrência de interferências eletromagnéticas dando importância adicional ao tema. Estes dispositivos utilizam pulsos de significados binários 0 e 1. Números e outros símbolos são representados por sequências binárias. A transição no tempo de um pulso de 0 para 1 (e vice versa) talvez seja o mais importante fator na determinação do espectro deste sinal pulsado. O espectro de dispositivos digitais geralmente ocupa uma ampla faixa de frequência e pode causar interferência em dispositivos eletroeletrônicos. A Compatibilidade Eletromagnética (EMC) é a capacidade de um sistema, equipamento ou dispositivo elétrico-eletrônico funcionar no seu próprio ambiente eletromagnético com uma margem de segurança e com os níveis ou desempenhos projetados, sem sofrer ou causar degradações inaceitáveis em outros sistemas.
Um sistema é eletromagneticamente compatível com o seu ambiente se satisfazer os três seguintes critérios:
Não causa interferências em outros sistemas.
Não é susceptível às emissões de outros sistemas.
Não causa interferência nele próprio. Ao projetar um dispositivo deve se levar em conta os requisitos legais de EMC do país em que se queira vender este. Existem leis e resoluções que limitam a emissão de ondas eletromagnéticas dos dispositivos. Por exemplo, no Brasil entrou em vigor