EFEITO DO N MERO DE LIGANTES SOBRE A COR DOS COMPLEXOS
Disciplina: Química Inorgânica II Docente: Edson Archela
Londrina
2014
INTRODUÇÃO
Os elementos de transição têm elevada tendência de formar complexos, formam compostos de coordenação com facilidade, pois apresentam orbitais d não totalmente preenchidos, que podem acomodar pares isolados de elétrons de grupos ou ligantes. [1] Os complexos de metais do bloco d são caracterizados por apresentarem cores muito diversas, variando com os ligantes para complexos com o mesmo íon metálico ou com o estado de oxidação do metal para os mesmos ligantes. [2]
A cor de um complexo de metal de transição depende da magnitude da diferença de energia entre os dois níveis d, que por sua vez, depende da natureza do ligante, do número de ligantes, e do tipo e geometria do complexo formado. [1]
Em compostos de coordenação os ligantes são espécies que se comportam como bases de Lewis, grupos capazes de doar um par de elétrons, um ligante pode ser uma molécula neutra ou um íon, enquanto o íon metálico (átomo central) é o ácido de Lewis, o átomo receptor. [2]
A teoria do campo cristalino foi o primeiro modelo que permitiu explicar, pelo menos qualitativamente, a cor e as propriedades magnéticas, entre outras propriedades, dos complexos dos metais de transição. [2] Ela supõe que a atração entre o metal central e os ligantes em um complexo é puramente eletrostática, ou seja, o átomo central é considerado positivo, com a mesma carga de seu estado de oxidação, sendo este rodeado por ligantes negativamente carregados ou moléculas neutras que possuam pares de elétrons livres. Como os elétrons do átomo central estão sob foças repulsivas, provocadas pelos elétrons dos ligantes, os elétrons ocupam os orbitais d que se encontram o mais distante possível da aproximação dos ligantes. [1] Todos os orbitais d, no íon livre, têm a mesma energia, são degenerados,