Efeito de temperaturas alternadas sobre o desenvolvimento de Ae. aegypti
Aedes (Stegomyia) aegypti é uma espécie de culicideo, diurno, de coloração preta, com listras e manchas brancas, adaptado ao ambiente urbano (Tavares et al,2001) e conhecida por ser vetor de importantes doenças para o homem, como Dengue e Febre amarela. É um mosquito com ampla distribuição geográfica, predominando nas áreas tropicais e subtropicais (Gadelha, 1985) o que o torna compatível com o clima encontrado no Brasil. Ae. aegypti é originário da região afro tropical (Etiópia) sendo este considerado o centro endêmico do mosquito, e mesmo hoje ainda é possível encontrar criadouros de Ae. aegypti em ocos de árvores e outras cavidades em meio natural. Muito provavelmente chegou à América através de navios negreiros no período do Brasil colônia. Atualmente a constante transmissão da doença, o Dengue, tem aumentado a preocupação da opinião pública e das diferentes autoridades no país (Barata et al, 2001).
Ae. aegypti possui um grande poder de disseminação e pode acarretar em grandes epidemias no país, principalmente nos períodos mais chuvosos e quentes do ano. São vários os estudos já realizados que mostram a importância da temperatura no desenvolvimento de insetos em fase imatura, assim como no decorrer de sua vida. De uma forma geral, temperaturas mais elevadas (até um determinado limiar) aceleram o desenvolvimento dos insetos e temperaturas mais baixas retardam seu desenvolvimento. A temperatura é um importante fator ecológico que influencia o estabelecimento das populações de insetos, seja através do seu desenvolvimento, como foi supracitado, ou de sua alimentação (Silveira-Neto et al, 1976). Sendo os culicideos uma família da classe insecta e, portanto esta regra aplica-se também ao Ae. Aegypti. A temperatura ideal para o desenvolvimento utilizada em insetários está em torno de 24 a 28ºC com pequenas variações (Bispo; Santos, 2008). Beserra et al,