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Manuel Lopes Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca, nasceu a 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém. Aqui se manteve até completar a escola primária. Desde muito cedo, por influência do pai, se envolveu no mundo da leitura, na escola cultivava a sua paixão pela escrita. Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca continuou os seus estudos em Lisboa. Estou no colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola de Lusitânia e mais tarde na Escola de Belas-Artes. Durante os períodos de férias escolares, aproveitava para regressar ao seu Alentejo. Dai que o seu primeiro texto seja o Alentejo. Só mais tarde de Um Anjo no Trapézio é que dão origem as suas obras que passam a ser retratadas na cidade de Lisboa. Na cidade de Lisboa dava longos passeios, a vida nocturna fascinava-o.
Iniciou-se em poesia com a publicação de Rosa dos Ventos (1940) e, na ficção, com os contos Aldeia Nova (1942). Foi considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e politica, retratava o povo desta região e a miséria da vida sofrida do Alentejo e dos alentejanos.
Encontrou os seus primeiros empregos no comércio e na indústria. Apesar de muito ocupado, encontrou tempo para o toureio e o desporto, jogou futebol, interessou-se pela espada e florete e chegou mesmo ganhar um campeonato de boxe.
Em 1925 publicou num semanário de província os seus primeiros versos e narrativas.
Foi habitual colaborador em revistas literárias, como O Pensamento Vértice, Sol Nascente e Seara Nova. Observadora por natureza, a sua escrita era seguida de perto pela censura.
Faleceu em 11 de Março de 1993, com 81 anos.
Em sua homenagem, a escola secundária de Santiago do Cacém, chama-se “Escola Secundaria Manuel da Fonseca”.