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O destaque maior está no Marabaixo, que consiste em homenagear a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo, através de missas e ladainhas.
O lado profano é exercido pela dança e a música, esta geralmente improvisada e carregada de tristeza ou alegria, com sincretismo religioso comum em variadas manifestações folclóricas da região amazônica, como o Marambiré, em Alenquer (PA) e o Çairé, em Santarém.O Marabaixo nasceu de episódios acontecidos com negros, durante fugas mar abaixo e traduz os sentimentos da negritude que contingencialmente foi levada a implantar raízes no Amapá. Por muitos anos o Marabaixo foi realizado em frente à Igreja de São José de Macapá, mas o padre Júlio Maria Lombaerd, a exemplo de padre Olavo, do Pagador de Promessas, impediu a manifestação, alegando que a festa era profana.Depois, o ato folclórico foi realizado basicamente no chamado bairro negro de Macapá, o Laguinho.
Hoje, a festa está disseminada pela cidade, realizada aos domingos em diferentes pontos de Macapá, chamado Marabaixeta (Marabaixo fora de época), porque a manifestação tradicionalmente é realizada do Domingo de Páscoa até ao Domingo do Senhor.Ao som de tambores de madeira cavada, os participantes dançam ao redor dos tocadores. Na Quarta-Feira de Murta e no Domingo da Santíssima Trindade, os negros dançam até de madrugada. Os homens fazem gestos de queda do corpo e capoeira e as mulheres, frenéticas, cantam, dançam e gritam.
Por causas principalmente oriundas da vida moderna em que se vive, o Marabaixo hoje não é mais praticado no município de Mazagão, mas persiste no Curiaú, localidade de beleza bucólica exuberante, que provavelmente foi quilombo de negros foragidos de senhores de Macapá, de onde fica a 12 quilômetros. No Domingo do Mastro; na Quarta-Feira da Murta, quando ocorre a quebra da murta (arbusto de aroma agradável que serve para espantar maus presságios) e no Domingo da Santíssima Trindade acontece o Marabaixo de Rua.Os participantes do ritual