EDWARD B taylor
Antropólogo britânico, Sir Edward Burnett Tylor nasceu em 1832. Existem poucas referências sobre os primeiros anos de vida de Edward Burnett Tylor. Segundo os dados disponíveis, sabe-se que Tylor foi obrigado a deixar os estudos quando tinha 16 anos para ir trabalhar para a empresa da família e que, por volta dos 23 anos, teve de interromper o trabalho devido alguns sintomas de tuberculose. Esta adversidade acabou por o levar a viajar pela América e a conhecer, numa dessas suas viagens a Cuba, o futuro arqueólogo e etnólogo Henry Christy. O que é facto é que este conhecimento teve um papel importante no percurso científico de Tylor, contribuindo para que este se interessasse pelos diversos assuntos que dizem respeito ao estudo do homem e se tornasse num dos nomes mais prestigiados da Antropologia britânica. Sir Edward Tylor tornou-se conservador do Museu Pitt-Rivers, leitor de antropologia e, mais tarde, professor de Antropologia na Universidade de Oxford.
A sua importância na Antropologia deve-se sobretudo à obra Primitive Culture, publicada em 1871. Nesta obra, Tylor utilizou pela primeira vez um conceito que ficou célebre - o conceito de "sobrevivências" bem como uma noção bastante abrangente de cultura que é hoje considerada clássica: «A cultura ou civilização, entendida no seu sentido etnográfico mais amplo, é o conjunto complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, o costume e toda a demais capacidade ou hábito adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade» (Tylor, Primitive Culture, 1871).
Tylor, baseando-se na teorias darwianas da época, defendia a ideia de unidade psíquica da espécie humana em que a cultura se desenvolvia de um modo progressivo, linear e uniforme. Neste contexto, o desenvolvimento das culturas realizava-se por etapas, sendo a Europa a civilização mais avançada.
Partindo deste pressuposto evolucionista, Tylor tentou demonstrar que o aparecimento e desenvolvimento da religião teria