Educação planetária
1) a expansão planetária da esfera das artes, da literatura e da filosofia;
2) a homogeneização, padronização, degradação e perda de diversidades, mas também a dialógica (relação antagonista e complementar) entre produção e criação;
3) o desenvolvimento de um folclore global;
4) o desenvolvimento de grandes ondas transnacionais, encontros, mestiçagens, novas sínteses e novas diversidades;
5) o retorno às fontes, a regeneração das singularidades. O conjunto de fatores que inclui a expansão da internet como um sistema neurocerebral artificial de caráter planetário e o desenvolvimento da multimídia irão exacerbar e amplificar as tendências em curso e acentuar os antagonismos entre uma organização concentrada, burocrática e capitalista da produção cultural de um lado, e as necessidades internas de originalidade, singularidade e criatividade do produto cultural de outro, ou seja, a necessidade da produção de levar em conta sua antagonista, a criação. Da mesma forma, ocorrerá o desenvolvimento concorrente e interferente entre, de um lado, o processo de padronização cultural e, de outro, o processo de individualização cultural, não apenas quanto às obras, mas também quanto ao seu uso.
1) a expansão planetária
As grandes esferas culturais estavam fechadas umas às outras e, para os europeus, a cultura “universal” era a cultura do universo das obras européias, tanto na Literatura (Cervantes, Shakespeare, Molière, Balzac etc.), quanto na poesia ou na música. Ao longo do século 20, uma esfera verdadeiramente universal constituiu-se. As traduções multiplicaram-se. Os romances japoneses, latino-americanos e africanos foram publicados nos principais idiomas europeus e os romances europeus foram publicados na Ásia e nas Américas. As músicas ocidentais encontram intérpretes em todos os continentes e a