Educação física
As preocupações do pensamento liberal da elite brasileira com a saúde objetivavam distanciar as classes sociais mais altas das mazelas sociais que assolavam grande parte do país. Nesta época, houve um impulso significativo da industrialização e consequentemente um avanço incompatível da urbanização com a infraestrutura das grandes metrópoles. Este cenário derivou um surto de inúmeras doenças, altos índices de mortalidade infantil, bairros atravessados por uma série de problemas de saneamento básico, bem como uma suposta falta de reflexão da população, sobretudo da parcela referente aos trabalhadores operários, em relação às profilaxias e às condições de saúde.
Parte do povo foi removida dos grandes centros das cidades por medidas autoritárias de remodelamento urbano com o intuito de evitar a proliferações de doenças, bem como a fim de arejar os espaços públicos. A população começava a ocupar o interior das capitais formando o que pode ser denominado de “favelas”. Soares (2004) explicita que houve um processo semelhante na Europa: “[...] o desenvolvimento urbano empurrava os pobres para as grandes concentrações de miséria dos centros de governo e das novas áreas residenciais da burguesia.” (p. 10).
Alencar et al. (1996) mencionam que as grandes cidades eram os centros de desenvolvimento e as suas taxas de crescimento demográfico eram superiores às da população nacional como um todo. Oliveira (1987) acrescenta