Educação Física raízes européias e Brasiç
A ciência e a construção do homem novo necessário ao capital: homem produtivo e homem biológico.·.
A autora inicia o livro com o contesto Europeu no século XIX, as revoluções industriais e suas conseqüências, trazendo a necessidade de um homem novo em aspectos mentais, intelectuais, culturais e físicos. Em tal situação a Educação Física se tornou a expressão da sociedade e também referência de corpo saudável e passou a ser receitada por médicos como um remédio. Tem-se o ideal de criar uma nova sociedade fundada em liberdade, fraternidade e igualdade, onde se consolidava o capitalismo. Esta sociedade era estudada através da ciência biológica, que usava da observação, experimentação e comparação. E então o homem biológico passa a ser o centro desta nova sociedade onde as descobertas científicas traziam a evolução dos instrumentos de trabalho e conseqüentemente uma maior produção, todavia segregava a sociedade dividindo as classes.
Na criação desta nova sociedade teve-se o uso do pensamento naturalista positivista e da ciência positivista, e um modelo de conhecimento adotado por ele foi o mecanicista que consisti em uma tríade: o sujeito que conhece o objeto do conhecimento e o conhecimento como produto; nele o indivíduo aparece como independente da cultura, tal modelo justifica as desigualdades sociais como desigualdades naturais.
Havia um grande contraste nesta época na Europa, nunca se tinha acumulado tanto dinheiro, todavia parte do continente se encontrava em uma miséria generalizada, e jamais se viu tamanha degradação social. A busca por mão-de-obra era muito grande vinda dos industriais, pois tinham vários cargos para se preencher, e tais cargos eram julgados de acordo com as “aptidões naturais” de cada um, o que ocasionava uma grande desigualdade entra as classes.
Como o crescimento das cidades de área industrial na Europa foi rápido e desordenado, principalmente nos países centrais de dupla