Educação Física Adaptada
A esgrima começou a ser praticada por deficientes físicos em 1948. A adaptação do esporte foi idealizada pelo alemão Ludwig Guttmann, devido ao elevado número de oficiais e soldados feridos seriamente durante os combates ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com o objetivo de proporcionar mais uma atividade física para os militares, Guttmann acabou criando uma importante modalidade paraolímpica, fato comprovado por um dado relevante. Esteve presente em todas as paraolimpíadas, desde a primeira, em Roma (1960).
Apesar da rica história, aqui no Brasil ela só começou a ser praticada, e de forma tímida, há nove anos atrás. Porém, esse quadro promete sofrer uma mudança radical dada as inúmeras iniciativas tomadas, principalmente por ONGs voltadas ao esporte. Uma delas partiu da Associação Desportiva para Deficientes (ADD), que em janeiro desse ano formou sua primeira turma de alunos, com a finalidade de formar atletas competitivos, para representar o país em futuros torneios.
Sob o comando de Sandor Kiss, tri-campeão brasileiro, bicampeão sul-americano e medalha de bronze no Pan do México em 1975, na modalidade espada, seis atletas - três homens e três mulheres - participam das duas aulas semanais ministradas na instituição, além da prática diária de 30 minutos que cada um realiza na própria casa. São exercícios que visam a repetição de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, para torná-los cada vez mais precisos e velozes.
"A esgrima é um esporte que exige técnica apurada. É necessária uma entrega do atleta para que ele alcance resultados de competição. Além dos exercícios específicos dos movimentos exigidos para um bom desempenho, complementamos o trabalho com atividades ergométricas e de peso para os braços, flexões e extensões para braço, tronco e abdominais e, por fim, exercícios aeróbicos para aumento da resistência física. Uma única disputa pode durar dez minutos, extremamente intensos", explica Kiss.
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