Educação fisica
O período anual de competição do futebol brasileiro é extenso. * Compreende aproximadamente 42 semanas (CARRAVETA, 2009; GOMES, 2008).
Conseqüências das exigências desse calendário: o volume dos treinamentos, a intensidade dos esforços, o número de jogos e a redução dos períodos de descanso e repouso provocam respostas agudas e crônicas de fadiga (PLATONOV, 2004).
Juntamente com o calendário, aparecem relevantes aspectos físicos que devem ser trabalhados entre as disputas, pois mesmo com dois ou três jogos em curto espaço de tempo, as capacidades funcionais do atleta e a organização técnica e tática da equipe exigem aprimoramento constante.
Frente a essa realidade, e observando todos os fatores limitantes do desempenho no futebol, com foco no calendário e no período de recuperação e treinamento entre jogos, tentamos investigar as estratégias metodológicas utilizadas pelo preparador físico para organizar e manipular as cargas de treinamento durante o período competitivo, tendo em vista um período tão curto de intervalo entre jogos.
Participaram do estudo 4 preparadores físicos que disputam campeonatos regionais, nacionais e internacionais, e possuem micro ciclos que registram 3 jogos semanais.
Após inúmeras entrevistas realizadas, observou- se com clareza que a principal preocupação dos preparadores físicos é evitar a queda do rendimento do atleta frente ao elevado número de jogos impostos pelo período competitivo, por isso a ênfase dos profissionais é dada ao treinamento regenerativo.
O segundo aspecto observado na metodologia de todos os entrevistados é a utilização do treino de força para jogadores durante todo o período competitivo para manter elevado o nível dessa valência física e dessa forma manter elevada a performance do atleta também com o intuito de prevenir lesões.
O terceiro aspecto observado foi que grande parte das cargas físicas impostas ao