Educação espartana

Qual é a relação existente entre a educação espartana, o ideal homérico e a defesa do Estado?

Este texto tem como objetivo estabelecer a relação entre a educação espartana, o ideal homérico e a defesa do Estado. Procuraremos identificar as características principais de cada ponto para depois tentarmos fazer essa relação. Em breve análise, podemos perceber que a educação em Esparta estava fortemente ligada ao caráter militarista que a sociedade e o governo tomavam naquela época. Desde a mais tenra idade, ou seja, desde sua infância, o individuo era criado para ser um bom soldado e esta “educação” era tarefa do Estado. De acordo com o texto, os chefes “tinham assim meios de escutar, em cada um, as disposições naturais para a audácia e a intrepidez para a luta”. Os jovens eram domesticados, uma vez que para sua formação não era importante saber ler ou escrever, mas sim, como sobreviver em condições adversas, como ser um bom guerreiro. Ser um guerreiro em Esparta uma característica e uma qualidade extremante importante. A principal função do indivíduo masculino (uma vez que mulheres não participavam) era ser um bom soldado, saber defender sua cidade e saber vencer em uma guerra. Um ponto negativo desta educação era que, em períodos de paz, os homens não ajudavam em nada que não fosse militar, ficando todos os trabalhos para as mulheres, que eram as mais livres da Grécia e sua importância era dada pelo fato de “darem a luz” a bons soldados. A educação espartana buscava desenvolver nos indivíduos a coragem. O jovem, o menino-soldado, não teria receio de nada que envolvesse as artes militares, as manobras em campos de batalha ou as ameaças dos inimigos da coletividade. Assim, a coragem era um grande atributo espartano, não desenvolvendo nesses jovens nenhum tipo de tolerância ou leniência para com as obrigações devidas a polis. Qualquer fraqueza demonstrada pelos jovens era vista como covardia e era fortemente criticado e condenado.