Educação de jovens e adultos
A ação educativa junto a adolescentes e adultos no Brasil não é nova. Sabe-se que já no período colonial os religiosos exerciam sua ação educativa missionária em grande parte com adultos (HADDAD & DI PIERRO, 2000).
Segundo Haddad e Di Pierro (2000, p.109) “com a desorganização do sistema de ensino produzido pela expulsão dos jesuítas do Brasil em 1759, somente no Império voltaremos a encontrar informações sobre ações educativas no campo da educação de adultos.”
A primeira Constituição brasileira, de1824,no campo dos direitos legais,firmou sob forte influência européia, a garantia de uma instrução primária e gratuita para todos os cidadãos,portanto também para os adultos.
O “Regulamento” de 1854 (fevereiro) estabelecia que as escolas públicas do ensino primário, com acesso vedado aos escravos, deveriam ser divididas em duas classes (escolas do primeiro e do segundo grau) e que toda educação estaria a cargo dos cofres público, que deveria fornecer inclusive livros e outros objetos necessários ao ensino, devendo existir também classes para adultos (PAIVA, 1973). A partir da década de 1940, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) se constitui como tema de política educacional, no Brasil.
Esse período foi marcado por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram a EJA, tais como: a criação e a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Primário (FNEP); a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP); o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), e outros. Esse conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional.
A partir de 1969, o governo federal organizou o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), um programa de proporções nacionais, proclamadamente voltado a oferecer