educação ambiental
A sociedade atual está fundamentada no consumismo, e, para mantê-lo, é necessário a exploração dos recursos naturais, gerando sua escassez, além da produção de toneladas de detritos. Esses resíduos, em sua maioria, são dispostos de forma inadequada, originando sérios problemas que comprometem tanto o meio ambiente, quanto a qualidade de vida da população.
Para Mucelin e Bellini (2008), a cultura de um povo ou comunidade determina a forma de uso do ambiente, os costumes e os hábitos de consumo de produtos industrializados e da água. No ambiente urbano, tais costumes e hábitos implicam uma elevada produção de lixo, e a forma como esses resíduos são tratados ou dispostos no ambiente gera intensas agressões tanto ao contexto urbano, quanto ao não urbano.
Conforme CLASSIFICAÇÃO¹, desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos. A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos é inutilizada e jogada fora com enorme rapidez. Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada, sem qualquer cuidado, em depósitos existentes nas periferias das cidades.
Essas práticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminação de corpos d'água, assoreamento, enchentes,