Educação ambiental
RESUMO
As sociedades cujo modo de vida se enquadra na perspectiva “ocidental” tendem a considerar o “natural” como inferior diante do cultural, o que demonstra uma posição de radical estranhamento entre os seres humanos e a natureza. A concepção problematizadora da educação é aquela que respeita a natureza do homem, percebendo-o como o ser (unicamente) capaz de objetivar o espaço que o cerca através da práxis, união entre a teoria (pensar) e a prática (agir), construindo sua própria leitura acerca do real. É importante a problematização de aspectos ambientais no ensino de Química, pois, além de propiciar a contextualização dos conceitos químicos, diferencia o olhar de professores e alunos em relação ao meio ambiente. Uma Educação Ambiental Crítica – de caráter transformador e emancipatório – se torna imprescindível como possibilidade de abordagem das questões ambientais, levando em consideração todos os fatores envolvidos e, consequentemente, possibilitando um ensino contextualizado e o desenvolvimento, nos alunos, de atitudes responsáveis relacionadas ao meio ambiente.
Palavras-chave: Educação ambiental, química,
1. INTRODUÇÃO
Em sua fase primitiva, o ser humano teria vivido em um estágio pré-social – o estado de natureza –, em que homem e ambiente mantinham uma relação de plena harmonia. Nessa época, o homem vivia em paz consigo mesmo, solitário, tranquilo e ocioso, guiado por instintos e preocupado somente com a própria conservação. As transformações na paisagem eram insignificantes, pois a interferência da ação humana no espaço correspondia ao instintivo e reduzido grupo de necessidades básicas a serem supridas. Entretanto, a ocorrência de significativos fenômenos de ordem climática sobre o ambiente teria provocado uma ruptura, seguida de transformações radicais no modo de vida da humanidade, que culminaram com o início da convivência coletiva. As alterações