Educar na adversidade
Inúmeros são os desafios que o sistema educacional enfrenta para se tornar, de fato, um sistema inclusivo para todo (a)s. Entre outros, identifico como desafios cruciais: a garantia de acesso à educação de qualidade em qualquer nível educacional; o desenvolvimento da educação de professore(a)s com a finalidade de preparar todo(a)s o(a)s docentes brasileiro(a)s para ensinar usando didáticas inovadora que promovam a inclusão de todo(a)s nas atividades realizadas na escola e nas salas de aula e, finalmente, o desafio de formar docentes capazes de educar na diversidade, isto é, capazes de flexibilizar e enriquecer o currículo para ensinar todo(a)s o(a)s estudantes.
Este artigo aborda esses desafios e oferece uma reflexão que indica a articulação entre desenvolvimento da qualidade em educação e formação docente para educar na diversidade por meio do uso de estratégias de ensino que, simultaneamente, rompem com o modelo tradicional de funcionamento da sala de aula e propiciam oportunidades mais igualitárias de aprendizagem para todos o(a)s estudantes.
Garantia de acesso à educação de qualidade em qualquer nível educacional
A qualidade educacional do ensino oferecido a crianças, jovens e adultos brasileiros constitui um desafio prioritário para o sistema educacional. Esse desafio se justifica porque, no Brasil, já “atingimos escolas para todos [com a universalização da educação], mas não educação para todos. ” (Ferreira, 2005, p. 05), isto é, ainda existe nas escolas brasileiras um alto índice de fracasso e evasão escolares.
Construir qualidade nas escolas brasileiras significa hoje, ao mesmo tempo, assegurar que o processo de escolarização seja efetivo em termos de aprendizagem para todo(a)s os que chegam às escolas na idade compatível e corrigir a defasagem idade-série, representada por um alto contingente de estudantes, através de programas tais como de alfabetização de jovens e adultos (EJA) e turmas de aceleração.
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