EDUARD BERNSTEIN Edward Bernstein é considerado o pai do socialismo democrático, por entender a democracia e a economia mista como o único meio para o socialismo, bem como componente indispensável para o futuro das sociedades. Nos final do século XIX, ao contrariar publicamente as teses oficiais defendidas pelos líderes do partido e, ao mesmo tempo, propor a revisão crítica do pensamento de Marx, Eduard Bernstein causou grande espanto e turbulência no interior da social-democracia alemã .Ao defender a rejeição da filosofia da história marxiana - considerada obstáculo ao conhecimento científico da realidade social - Bernstein rompe com a perspectiva revolucionária, aderindo a um reformismo evolucionista. Acreditando no potencial emancipador da democracia burguesa, que tornaria possível a tomada do poder por meios legais e pacíficos, Bernstein passa a sustentar a adoção de uma postura política conciliatória e a mitigação da luta de classes. O surgimento desta corrente revisionista deu início a um grande cisma no interior da social-democracia que veio a ser considerado como "a primeira crise do marxismo", introduzindo uma nova tendência de repúdio concepção dialética da história e de abdicação de quaisquer pretensões revolucionárias. Estas idéias viriam a tornar-se hegemônicas no final do século XX, quando as teses que pregam o "fim da história" são amplamente difundidas e festejadas. Diante deste novo refluxo das teorias e práticas revolucionárias, torna-se fundamental a análise minuciosa do fenômeno revisionista - o contexto em que surge, as razões de seu sucesso no âmbito da esquerda e as críticas que podem lhe ser opostas. Para esclarecer melhor as ideias e posicionamentos de Eduard Bernstein, deve-se saber que ele é o autor do livro "Socialismo e o Futuro da Social-Democracia".
No primeiro capítulo do seu livro (escrito aos quarenta e nove anos de idade) tentou mostrar que o marxismo não é um determinismo economicista. Com o intuito de