Editorial sobre hunter thompson

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EDITORIAL

O que aconteceria se Hunter Thompson estivesse vivo, vivinho e aqui no Brasil? Certamente olharia com olhos tortos para a maioria dos programas de TV que atualmente passam por aqui.
Seria essa a herança que o jornalista criador do estilo Gonzo deixou para nós? Uma programação de TV cada vez mais bizarra e assustadora, onde vale tudo para conquistar a audiência, e muitas vezes até usando artimanhas que mexem com a inteligência do nobre telespectador. Mexem, subestimam, desdenham.
Programas em que anões se vestem de animais para divertir pessoas e testes de paternidade que são exibidos ao vivo debaixo de baldes de água, sopapos e correrias? "Repórteres" que comem insetos, (não os comestíveis do outro lado do mundo), que são torturados em frente às câmeras de TV ou até pintam todo o corpo de prata e esperam horas até que apareça um incauto para responder perguntas embaraçosas. Comunicadores que conversam ao vivo com seqüestradores em cativeiros, reportagens armadas, humoristas travestidos de jornalistas que até entrevistam e no final da entrevista criam piadas com coisas sérias. E isso não tem graça. Mas nem tudo esta perdido. Caso o paciente telespectador não agrade da programação nos canais secundários, pode mudar. Vá zapeando até encontrar a maior rede de TV brasileira, uma potência. Ela sim apresenta um programa criativo: uma casa onde são trancafiadas pessoas estranhas, para juntas, produzirem comportamentos estranhos. E tudo com o aval de um J-O-R-N-A-L-I-S-T-A.
É meu caro Hunter Thompson, bem que você disse: "Quando as coisas ficam estranhas, os estranhos viram profissionais". Achamos que encaixa não é? A anarquia, o sarcasmo e o exagero que eram a marca do teu trabalho já há sessenta anos, hoje se misturaram e fez nascer isso que ai está, um “jornalismo” distorcido, caricato e que algumas pessoas insistem em chamar de jornalismo Gonzo. É tudo muito

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