Edema não cardiogênico
Juiz de Fora, Maio 2014
O edema agudo pulmonar não-cardiogênico (EAPNC) é o aumento da permeabilidade por lesão no endotélio e epitélio alveolar. Ocorre pelo aumento da pressão hidrostática ou por aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares. Em ambos os casos ocorre transudação de líquido para os espaços intersticial e alveolar do tecido pulmonar, culminando em separação entre o alvéolo e o capilar pulmonar subjacente, com aumento do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio e conseqüente hipoxemia. Visto que, os pulmões são responsáveis pela hematose sanguínea.
O edema leva a insuficiência cardíaca discorrendo em processo difusão-perfusão deficiente que deixa o paciente dependente de aparelhos e medicações até que seu funcionamento seja restabelecido. Acomete principalmente a parte central do pulmão. Por volta de 1 a 2 horas pode surgir de 2 a 3 litros de liquido espumoso e a forma fulminante pode ocorrer de 10 a 20 minutos. É uma patologia essencialmente clínica que merece atenção e deve ser cuidadosamente analisada. Como exemplo está à congestão pulmonar, edema intersticial, hemorragia, formação de exsudado de composição análoga ao do plasma com conseqüente deposição de fibrina sobre a superfície alveolar formando a membrana hialina. Depois do edema formado pode haver absorção que se não tratada desencadeia fibrose pulmonar. Esse tipo de edema pode levar a uma síndrome da angustia respiratória do adulto se houver quadro séptico instalado com final do quadro de cardiopatia da sepse. O pulmão aumenta de tamanho (600 gramas a 1000 gramas), consistência aumentadas, pouco crepitantes a compressão podendo estar anêmicos ou rosados, do parênquima pode correr fluido sanguinolento e espumoso. Ao exame verifica-se congestão de capilares septais e alvéolos cheios de transudato.
Etiologias comuns:
Cardiogênico:
• IAM;
• Exacerbação de insuficiência cardíaca crônica;
• Disfunções aórticas e/ou mitrais;