Edcducação fisica

Data: 4/11/2010

Estilo de vida sedentário e seus efeitos negativos sobre indicadores cardiometabólicos e resistência à insulina – Brazilian Metabolic Syndrome Study (BRAMS)

A síndrome metabólica caracteriza-se pela presença de obesidade central associada a duas ou mais de certas morbidades cardiometabólicas. Investigou-se a associação entre a prática mínima de atividade física regular e o sedentarismo, com a presença da síndrome metabólica e indicadores cardiometabólicos. Em 1.287 adultos não-diabéticos foram avaliados: níveis pressóricos; circunferência da cintura; índice de massa corporal (IMC); glicemia e insulinemia de jejum; colesterol total e frações; triglicérides e resistência à insulina. Considerou-se não-sedentária a prática, no último mês, de alguma atividade física com transpiração/respiração ofegante por pelo menos 30 minutos, uma vez por semana, e foram considerados sedentários os indivíduos que não preencheram esse critério. Os sedentários apresentaram maior IMC, maior acúmulo de gordura abdominal, maior circunferência da cintura, maiores níveis pressóricos, maiores níveis de colesterol total, de LDL-colesterol e de triglicérides, menores níveis de HDL-colesterol e maiores níveis de resistência à insulina (p < 0,05). Na análise de regressão logística, os sedentários apresentaram maior chance de possuir os componentes da síndrome metabólica e de serem diagnosticados como portadores da síndrome metabólica quando comparados aos não-sedentários (p < 0,05): circunferência da cintura aumentada [odds ratio (OR) = 1,9; intervalo de confiança (IC) = 1,4-2,6], triglicérides elevados (OR = 1,6; IC = 1,2-2,1), HDL-colesterol reduzido (OR = 1,3; IC = 1,0-1,7), resistência à insulina (OR = 2,1, IC = 1,5-2,8), pressão arterial elevada (OR = 1,4, IC = 1,1-1,9) e síndrome metabólica (OR = 1,5, IC = 1,1-2,0). Em conclusão, a prática de atividade física regular, mesmo que mínima, apresentou efeitos benéficos sobre parâmetros cardiometabólicos