Ecossustentabilidade e aproveitamento integral dos alimentos
Esta consiste em uma ação de suprir nossas necessidades, no presente, com o uso racional (sem desperdícios) dos recursos naturais, para que eles não se esgotem. Os projetos que visam à sustentabilidade precisam ter ao menos quatro requisitos básicos: ser ecologicamente corretos, economicamente viáveis, socialmente justos e culturalmente diversos (REIGOTA, 2007).
O nosso país é extremamente contraditório, pois é o 4º maior produtor mundial de alimentos e um dos que mais desperdiça; é o que produz 25,7% a mais do que necessitaria; é onde cerca de 57 mil crianças menores de um ano morrem anualmente em decorrência de desnutrição e onde 9% da população tem subnutrição, contrapondo-se aos elevados índices de impostos e milhões de miseráveis, cerca de 23% da população, com renda inferior a prover 75% de suas necessidades calóricas (GOULART, 2008; PRATO VAZIO, 2010; RAZA, 2011).
Neste âmbito conhecer o conceito de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é iniciar a compreensão de um problema de saúde pública que atinge a todas as classes sociais: o desperdício dos alimentos. SAN é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, com base em práticas alimentares saudáveis (CONSEA, 2004). A insegurança alimentar, de acordo com a Food and Agricultural Organization (FAO), é caracterizada como "problemas que impedem, uma parte significativa da população, ter acesso a alimentos disponíveis, o que constitui um obstáculo para romper o círculo da pobreza, que é transmitido de geração para geração" (VALENTE, 2002).
Para nós, profissionais da área de saúde pública, seria um sonho acreditar que do desperdício dos alimentos no futuro teríamos reciclagem, compostagem, resultando em adubo, energia elétrica e aproveitamento integral de alimentos, oferecendo alimentação com combate