Ecosol
Intersetorialidade, Transversalidade e Cooperação Internacional
Área Temática: Políticas Públicas Maurício Sardá, UFPB – mausarda@yahoo.com.br Fábio Sanchez, UFSCAR – fjbsan@usp.br
Resumo
Neste artigo, vamos apresentar, em linhas gerais, como se deu a construção da política economia solidária no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, durante o primeiro governo Lula, e seus significados políticos. Apresentaremos as principais ações e diálogos estabelecidos pela SENAES com outras políticas públicas setoriais, ou seja, procuraremos retratar a intersetorialidade construída pela Política de Economia Solidária no âmbito do governo federal. Destacaremos algumas ações ou programas de órgãos públicos que incorporaram o tema da economia solidária como eixo estratégico, independente das relações institucionais estabelecidas com a SENAES, o que aponta para o potencial transversal da economia solidária no âmbito das políticas públicas. Trataremos brevemente das articulações estabelecidas pela SENAES no plano internacional, com Ministérios e órgãos públicos de outros países. Por fim, teceremos alguns comentários gerais sobre a construção destas múltiplas relações construídas pelas SENAES para projetar a economia solidária como estratégia de desenvolvimento.
Palávras-chave: Economia Solidária; Política Pública; Intersetorialidade.
Introdução
A economia solidária ganhou grande expressão e espaço social nas últimas décadas, dando azo a um vasto campo de experiências e iniciativas de produção e reprodução dos meios de vida estruturados a partir da propriedade coletiva dos meios de produção, da autogestão, da solidariedade e do coletivismo. Esse desenvolvimento recente foi impulsionado pelas crises do capitalismo, vivenciada de forma desigual e combinada tanto no centro como na periferia do sistema e que afetou, com intensidade e ritmos diferenciados, o conjunto da