Economia
O mundo encontra-se perplexo com o agravamento da crise financeira e econômica global, que vem provocando desconfiança e turbulências nos mercados mundiais. As crescentes intervenções na economia pelos governos dos países mais desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos (EUA), União Européia e Japão, numa ação concertada, aportando enormes volumes de recursos em bancos privados e no segmento industrial, revelam a dimensão da crise que está afetando a economia mundial.
A crise financeira global começou nos Estados Unidos como uma crise no pagamento de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Diversos bancos americanos apresentaram perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas. no mercado financeiro americano, foi caracterizada por duas grandes tendências. Por um lado, a inflação doméstica era muito baixa, resultado das duras políticas monetárias adotadas na década dos 1980, que causaram uma séria recessão na economia americana no começo da década, mas que efetivamente quebrou o ritmo de crescimento de preços que se mantém moderado até o presente. Por causa da inflação baixa, o banco central americano, o Federal Reserve (FED), manteve taxas de juros básicas também baixas durante todos os anos 1990s, de modo que os ganhos dos bancos e financeiras daquele país nas aplicações tradicionais, proporcionais à taxa de juros fixada pelo FED, se mantiveram também geralmente baixos. A outra tendência dominante foi a da intensa competição entre bancos e outras instituições financeiras em um quadro de desregulamentação financeira. A liberalização financeira iniciada nos anos 1980 no contexto da revolução conservadora liderada por Ronald Reagan e Margareth Thatcher aumentou a liberdade das instituições financeiras de escolher onde e como operar, aí incluídos mercados que eram tradicionalmente reservados aos grandes bancos comerciais.Deste modo, a década dos 1990, para o sistema financeiro foi marcada,