Economia

Atividade
Por Fernando Malateaux Sakon
O nível de atividade econômica brasileira apresenta sinais dúbios em fevereiro. Por um lado a produção industrial cresceu 1,3% em relação a janeiro na série livre de influências sazonais. Por outro, houve queda do volume e das receitas de vendas no comércio varejista na mesma base de comparação.
O crescimento de 1,3% apresentado na pesquisa industrial mensal do IBGE em fevereiro recuperou parte da queda de 1,5% em janeiro, mas o nível de produção ainda está aquém do máximo histórico observado em março de 2011.na série livre de influências sazonais.
A observação da produção industrial por atividades revela um início de recuperação da atividade econômica, 18 dos 27 setores pesquisados apresentaram algum crescimento na comparação sobre janeiro. No que diz respeito às categorias de uso houve crescimento significativo na produção de bens de capital, 5,7%, e de bens intermediários, 2,3%. O crescimento da produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu menos, apenas 1,1, enquanto os bens de consumo duráveis apresentou queda de 4,3%.
A variação acumulada em 12 meses por outro lado reflete o mau desempenho da indústria desde o início de 2011, em fevereiro acumulava queda de 1,0%, o pior desempenho desde fevereiro de 2010 quando caía 2,6%.
A pesquisa mensal de comércio apresentou queda no volume de vendas no comércio varejista pela primeira vez desde agosto de 2011, -0,48% em comparação com janeiro de 2012 na série livre de influências sazonais. As receitas de vendas não apresentavam queda na variação mensal desde março de 2010, em fevereiro de 2012 a queda foi de 0,46%.
A variação acumulada em 12 meses das vendas no comércio que vinham desacelerando desde o início de 2011 tanto no volume quanto nas receitas apresentaram estagnação este mês, ficando em 6,73% e 11,42% respectivamente.
O mau desempenho do comércio, associado ao longo período em que a indústria perdeu espaço na economia resultaram em um índice de atividade